Patinho Branco

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Passado Distante, Sempre Presente.

Restaurante do Hotel Gaeta na praia de Meaipe no Espirito Santo. Lagosta é bom demais.













O passado distante ........


Quando olhamos as grandes aglomerações humanas do passado, a coisa mais importante nessas cidades era o templo, muitas vezes maior que o próprio palácio. Quanto mais recuamos no tempo, mais importante torna-se o templo. O começo da civilização e o aparecimento do templo andam juntos na nossa historia e não há um sem o outro.

À medida que o homem deixou de ser nômade e se fixou na terra, com certeza ganhou mais segurança, a alimentar principalmente, mas tornou-se um entrave para os grupos ainda nômades. Com as atividades presas nas obrigações com a terra e a criação, esse homem se tornou mais sedentário e pacifico, passou a organizar seus dias, tendo atividades regulares, que dependiam da época do ano, para o semeio. Era preciso conhecer com exatidão a época das cheias, da aurora do por do sol. O homem ia descobrindo que precisava de conhecimento.

O templo era a casa do conhecimento e do deus tribal, divina sombra do velho ancestral que antes de morrer, organizava e liderava a tribo e era alvo da admiração de todos. Falavam de suas façanhas e sua valentia. Da fama foi ao mito. O mito cresceu e o velho homem virou virou deus.

Em sendo um deus haveria, de se ter também um sacerdote para cuidar se suas coisas aqui na terra, já que evidentemente, todo deus que se preza mora no céu, isto é: em lugar ignorado.

O sacerdote tinha como função, não só manter viva a chama do mito do deus tribal, como também, manter no templo, a sabedoria e o conhecimento, pois só ali estavam guardados os escritos sagrados.

O templo era o calendário da comunidade, que com suas festas marcava os dias do ano, o inicio do inverno, das chuvas, da colheita e etc.

Alguns Deuses, como Marduk da Babilônia e Baal dos Fenícios e tantos outros eram os mesmos super heróis dos desenhos animados, que conhecemos hoje na televisão, que com outros nomes divertem nossas crianças nos programas infantis.

Os povos sedentários, assim que criavam um deus, logo lhe davam uma esposa. Já no caso de povos nômades, devido à dureza da vida que levavam com o alimento sempre curto, deus ficava solteiro mesmo.

De qualquer forma, nada mais natural que um deus ter sua casa, uma ou mais esposas, amantes, filhos deuses, além de outros filhos semideuses. Evidentemente que sendo assim, será também providencial, o abastecimento dessa enorme família de deuses. Daí entram as oferendas diversas, porcentagem da colheita, parte da criação de animais e etc., sempre em gratidão à cura de uma doença, à boa colheita do ano e para garantir bons tempos para o futuro.

Alguém tem que guardar e administrar essas oferendas para deus, já que ele mora no céu. Com astúcia e um clima de mistério, além de certa reclusão para manter a distancia os curiosos, os nossos velhos sacerdotes administram tão bem esses recursos, que até parece mágica, com tudo desaparecendo sem deixar vestígios.

O povo crédulo e na simplicidade da vida, pastoreando ovelhas e cultivando o campo, exaltava e temiam a deus, cuja aprovação das oferendas, dava prosperidade, e cuja desaprovação trazia desgraças e infortúnios. Claro que pequenos presentes extras e algumas oferendas a mais, era possível torná-lo mais calmo e propicio aos pedidos.

Era preciso sempre venerá-lo, pois deus tinha tal poder e conhecimento que não podia jamais ser desrespeitado, nem mesmo em pensamento, pois ele tudo via, tudo sabia.
Para os sacerdotes a compreensão das coisas estava em outro nível. Eles detinham o conhecimento e sabiam do que o povo precisava.

Da ignorância.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem é o Patinho Branco?

Minha foto
Itanhaém, SP, Brazil
Formado em Administração, pescador de pesqueiro, palmeirense de quatro costados. Adoro os anos 70: tenho uma Caloi 10( são três na verdade), um fuca bala além de uma maquina fotografica Pentax Assay 35mm, só para curtir essa década maravilhosa. Cultivo uma pequena horta de temperos no quintal. Temos Manjericão do comum e do roxo, Alecrim, Hortelã, Salsinha, Cebolinha, orégano, Pimenta dedo de moça, malagueta e de cheiro. Gosto de estar com a familia, churrasquear e cozinhar, pedalar e bater papo com os amigos. Caminhar na praia é atividade obrigatória de todos os dias, quando o tempo ajuda.