Patinho Branco

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Disco Voador em Sorocaba. Foi Show!

Foto do famoso Trem da Morte que percorria alguns países da América do Sul,  incluindo o Brasil, mas já não circula mais, ou se circula é apenas parcialmente ou localmente. Muita gente avistou Discos Voadores dessa composição, que passava pela região do pantanal, que além de suas belezas naturais, também é conhecida por avistamentos de Óvinis.
Esta foto é aleatoria, da minha coleção de quando viajei para a Bolívia e não tem nada com o texto abaixo,  que se passou anos mais tarde, depois desta viagem de trem.
Para saber dessa viagem pelo Trem da Morte pesquise neste blog pelo texto: O Trem da Morte.








Disco Voador em Sorocaba. Foi Show! Só as TV’s não viram, na verdade fingiram.

Foi em 1978, não me lembro exatamente da data, mas era uma dessas noites frias de Setembro, uma quarta feira antes de um feriado.Tudo começou uns dias antes.
Eu estava no carro ouvindo musica, em uma daquelas estações FM com transmissores de poderosos de 100 w, uma novidade nos anos setenta.
Como de praxe antes da inauguração de uma emissora havia a fase de testes, ou seja, tocavam musica o dia todo, sem intervalo comercial. Um achado no dial. Tocava musica de qualidade o dia inteiro e vez por outra entrava um locutor para as mensagens da radio, falando, da fase de testes, antes da inauguração, da potencia de transmissão e etc. Faziam questão de dizer que estavam na Av. Paulista, isso dava certa credibilidade para quem ouvia, afinal não era qualquer radio que podia pagar uma sede na avenida mais famosa da cidade de São Paulo.
Era uma segunda feira e eu descansava distraidamente, no carro, depois do almoço. Ouvia a tal radio com sua programação rotineira, tocando musica como sempre e só raramente interrompia a rotina. De repente o locutor entra no ar todo apressado e com ares de Jornal Nacional, chamando a reportagem externa para falar diretamente da cidade de Sorocaba, onde um Disco Voador havia pousado sobre a cobertura de um supermercado logo depois desaparecido em alta velocidade. Achei de um sensacionalismo muito barato, esse modo de chamar a atenção para a radio, mas estavam no caminho certo, já que o assunto era chamar a atenção. Como sempre, fica o dito pelo não dito, e tudo se acaba em pizza. Desliguei o radio, pois já havia dado minha hora.

No dia seguinte, a mesma historia! Entra no ar um repórter falando diretamente de Sorocaba, informando que nas fazendas da região, bois e cavalos estavam aparecendo mortos no pasto, com partes de seus órgãos retirados com cortes muito precisos e finos, como se tivessem sido feitos por bisturi. O repórter dizia que isso já vinha ocorrendo na região há vários dias e que as autoridades locais não tinham explicação para os fatos. Comecei a achar que já estavam exagerando um pouco, chamar a atenção para a rádio era uma coisa, fazer sensacionalismo era algo perigoso, principalmente para quem estava ainda fazendo testes nos equipamentos. Teve até entrevista com testemunha, um Policial Rodoviário! A coisa estava ficando quente.  

Passei boa parte do dia, intrigado com a história do Disco Voador. Seria verdade?
As reportagens estavam ficando pesadas demais para uma simples brincadeira. Noticias como: as autoridades locais não sabiam explicar; o Disco estava aparecendo agora próximo de um posto rodoviário; um guarda rodoviário deu depoimento ao repórter. Um assunto tabu desses, detalhado, com nome e endereço, no radio, ao vivo; e em plena ditadura militar? Ai tem truta ou alguém está louco para ser preso, aliás, naquela época ia-se preso por bem menos.

Fiquei mais intrigado ainda, no dia seguinte, quarta feira, véspera de feriado, quando a radio não tocou mais no assunto Disco Voador, era como se nunca tivesse falado coisa alguma.
Não agüentei a curiosidade e tomei a decisão de ir para Sorocaba naquela noite mesmo, nem que fosse para pagar um mico.
Levei cobertor, garrafa térmica com café, biscoito, sanduíche, lanterna e por mais irônico que pareça, não levei maquina fotográfica. Calma eu explico, naquele tempo não era comum como hoje ter uma maquina fotográfica ou uma filmadora, além disso, eu nunca poderia imaginar que aconteceria, o que de fato, aconteceu. De qualquer forma testemunhas idôneas não faltaram; levei meu pai, minha mãe, meu irmão e minha então, namorada.
Era uma noite fria, já passava das 22 horas, quando chegamos à cidade. O primeiro mico que paguei foi logo na chegada. Sabe como é, tarde das horas bate o sino das virgens e povo desaparece. Cada vez que eu achava alguém naquela cidade deserta e perguntava sobre o tal posto da policia rodoviária, ou supermercado, onde estava aparecendo um Disco Voador, era de dar risada da cara de interrogação e espanto que as pessoas faziam. Por fim, depois de muito rodar, encontrei alguém que desse alguma informação sobre a localização do Posto Rodoviário.

Eu achava que era o único a ouvir aquela radio em fase de testes, mas pelo jeito, a audiência era grande. Centenas de carros estavam ali no acostamento da estrada, estacionados na mais completa escuridão, há não ser por um ou outro farol acesso. Toca-fitas no ultimo volume, gente pra lá, gente pra cá, parecia até acampamento de estudante, com direito a fogueira e tudo mais. Foi difícil achar um lugarzinho para estacionar no meio daquela confusão.
Fui me aproximando devagar com o carro, ainda meio confuso com a escuridão e tanta gente, procurando uma vaga para o meu carro, que por fim consegui.

Fiquei animado, afinal de contas nem havíamos bem chegado e já estávamos vendo carros de reportagem de várias emissoras de TV, militares cheios de divisas, motociclistas entrando na mata, percorrendo as trilhas. Era gente que não acabava mais.

A noite já não era tão escura, a lua e o Céu estrelado ajudavam a iluminar  e devagar nós íamos nos habituando a aquela pouca luz. Com os faróis dos carros e com as fogueiras, até dava para enxergar o local. Por fim ficamos de vigília, apesar da festa  que comia solto naquela beira de estrada, no meio do nada.
Já passava da meia noite e nada de estranho acontecia, a não ser com o pessoal das motos, já que sempre que entravam no mato, pouco depois voltavam e voltavam empurrando as motos. Aqueles motociclistas conseguiam entrar na mata pelas trilhas existentes, mas chegando num determinado ponto, do nada, o motor parava de funcionar, o farol apagava e a bateria descarregava.
Quase duas da manhã e nada acontecia, a festa tinha acabado, o povo tinha cansado e os motociclistas ou estavam consertando as motos ou tinham ido embora. Apesar do pouco movimento, a grande maioria das pessoas ainda estavam firmes na observação dos morros. Como a esperança é sempre a ultima que morre, de repente apareceram!
Duas luzes muito fortes amareladas surgiram por trás de um dos morros. A gritaria foi geral, um correndo pra lá outro para cá, e ninguém tinha pra onde ir.
Inicialmente se viu um piscar de luzes no morro, algo semelhante ao piscar de um farol alto de carro,  mas ao mesmo tempo ocorreu um fenômeno estranho com os toca-fitas, ou seja, com o piscar daquela luz no morro, todos os carros ejetaram suas fitas num só tempo, o que serviu para assustar mais ainda. Aos poucos o povo foi se acalmando e se deslumbrando com aquela luz, que num piscar de olhos cresceu em de brilho e tamanho, e ao mesmo tempo em que subiram ao Céu, de repente, ficaram paradas um pouco acima do morro. A distancia não era grande, talvez a uns quatrocentos metros, ou menos ainda.
As luzes ficaram ali imóveis por alguns momentos e depois começaram a se movimentar. Ao mesmo tempo em que uma descia e se escondia atrás do morro enquanto mudava sua cor de prateado para dourado, a outra subia aos céus de modo lento, mas continuo, mantendo sua cor prateada e não parou mais de subir, até se confundiu com as estrelas.
A luz que desapareceu por trás do morro, retornou amarela como antes, porém com uma intensidade de luz ofuscante, que de inicio não se distinguia nada, apenas uma luz dourada muito forte. Esse momento foi muito critico já ninguém esperava uma proximidade tão grande. A luz fazia malabarismos em movimentos rápidos, subia, descia, ia para lá pra cá, enfim dava um show de circo. Vi muita gente dando trombada , caindo e gritando.
A coisa por alguns instantes ficou sem controle, foi uma visão apavorante, dada a proximidade, mas aos poucos as pessoas se acalmaram. Daí para frente foi só curtir o espetáculo, chegaram mesmo ao ponto de aplaudir o OVNI a cada vez que ele fazia uma manobra.

A impressão que eu tinha é de que o óvni interagia com o "publico", e quanto mais aplausos, mais manobras fazia. Durante o show o Óvni ainda era uma bola de luz muito forte, e nada denunciava se havia alguma coisa por trás dessa luz, mas o objeto de repente parou no ar e começou a diminuir e aumentar a intensidade da luz de maneira mais ou menos lenta de modo que ficou fácil visualizar o objeto que estava por traz da luz.
Era aquela velha descrição,  como se fosse um prato  colocado sobre o outro, unido pelas bordas da boca onde se distinguiam perfeitamente detalhes como janelas e porta. Na parte superior havia como se fosse uma cúpula de vidro, onde se distinguia dois seres, observando e acenando para o povo lá em baixo. Ainda ficou ali por alguns instantes acendendo e apagando e depois voltou em direção aos morros e desapareceu.

Voltando de Sorocaba ainda de madrugada, com o céu sem nuvens, via-se perfeitamente aquele primeiro objeto que ficou prateado. Mesmo chegando próximo a São Paulo, enquanto não tinha nuvens e poluição nos céus, era possível vê-lo, como se fosse uma simples estrela.

Estávamos tontos, era difícil assimilar o ocorrido, e o  pior era que, ninguém em juízo perfeito iria acreditar numa historia dessas. A coisa era tão incrível que tínhamos que ficar de boca fechada. Retornamos de Sorocaba calados e calados fomos dormir.
Passei aquela quinta feira dormindo, era como se estivesse de ressaca, por um momento pensei que tivesse sonhado com Discos Voadores, cheguei a ir até a garagem para ver se achava a garrafa térmica e os cobertores no carro. A experiência havia sido tão chocante, que procurávamos algo que dissesse que aquilo não era verdade, que era só um sonho, mas as provas estavam no carro; uma garrafa térmica e os cobertores.
 Fique grudado na televisão, liguei o radio, comprei jornal e nada, nem uma noticia de roda-pé, absolutamente nada. Mas não é possível, falava comigo mesmo, eu vi carros de reportagem da televisão, estavam do meu lado filmando tudo, policia, exercito, aeronáutica, e sei lá mais o que. Pelo menos uma noticia para dizer que aquilo foi um balão, Vênus, ou qualquer coisa. Mas nada. A essas alturas eu já achava que a coisa nunca existiu e tudo foi um sonho, tamanho é o choque do inexplicável, por isso eu queria tanto ver uma noticia.
Mas havia na época tinha um telejornal que era infalível, da maior confiança, Jornal Nacional da Rede Globo, que começava pontualmente às 19 horas. Eu fiquei lá, firme e forte, vendo o noticiário, nem no banheiro eu ia durante os intervalos.
O noticiário já ia terminando quando o locutor já encerrando  fez aquela cara de pouco caso e  gozação, dizendo laconicamente:  milhares de pessoas se dirigiram para a cidade de Sorocaba, para ver o Disco Voador, que segundo noticias anda aparecendo por lá. Todos voltaram decepcionados, pois nada aconteceu. Boa noite!
Aquilo foi como um Boa Noite Cinderela, mas ao contrário. A afirmação mentirosa do noticiário me mostrou e também aos que estavam comigo, a farsa das informações que para uma melhor compreensão necessitam por parte do ouvinte de um entendimento adicional ou de uma visão mais aguçada, sobre os interesses subjacentes que movem esses órgãos de informação, seja um jornal, uma TV, na própria rede, onde a contra informação é pratica de Estado que cria ou patrocina sites, aparentemente inocentes.Nós só sabemos aquilo que cada Estado permite em seu país.
Para noticias confiáveis no seu país, leia ou assista o noticiário de outro país, de preferência do inimigo.Mas saiba ainda que muitas noticias proibidas no seu país, poderão também estar proibidas em outros países, mesmo se for um país inimigo, Ovnis é uma dessas noticias.

 Mais textos sobre Discos Voadores:

  Para mais textos sobre Discos Voadores veja o texto: O Criador de Homens, ou digite ovni na linha de pesquisa.

Um comentário:

  1. Olá!
    Eu e um de meus irmãos lembramos bem de tudo isto.
    Ficávamos na laje de casa ouvindo as notícias através das ondas de rádios, enlouquecidos para pegar a estrada...rsrs o mais difícil era convencer meu marido, mas conseguimos. Eu só cheguei a casa do meu cunhado e fui barrada para ir ao morro da Mariquinha onde estava acontecendo aparições diárias, só machos iam... e voltaram com relatos interessantes pois se embrenharam nos morros onde haviam muitas pedreiras...Como esquecer esta data?
    Vocês tiveram muita sorte e ouvi também relatos de pessoas que foram acompanhadas na estrada e se apavoravam presos em carros que acabavam totalmente sem energia para continuar a viagem.

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Quem é o Patinho Branco?

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Itanhaém, SP, Brazil
Formado em Administração, pescador de pesqueiro, palmeirense de quatro costados. Adoro os anos 70: tenho uma Caloi 10( são três na verdade), um fuca bala além de uma maquina fotografica Pentax Assay 35mm, só para curtir essa década maravilhosa. Cultivo uma pequena horta de temperos no quintal. Temos Manjericão do comum e do roxo, Alecrim, Hortelã, Salsinha, Cebolinha, orégano, Pimenta dedo de moça, malagueta e de cheiro. Gosto de estar com a familia, churrasquear e cozinhar, pedalar e bater papo com os amigos. Caminhar na praia é atividade obrigatória de todos os dias, quando o tempo ajuda.