Patinho Branco

sábado, 15 de maio de 2010

Sacrificio de Sangue, para Justificar os Novos Tempos.


Como já dizia o nosso poetinha Vinicius de Moraes: beleza é fundamental.


Só nasce uma vez por ano, bem no fim da primavera, já quase inicio do verão. Sua beleza é de causar emoção nas pessoas com "sensibilidade humana", coisa sempre rara, especialmente  nos seres humanos.







Sacrifício de sangue, para justificar os novos tempos.


Quando eu era criança lá pelos anos 50, a vida era muito simples, não existiam tantas coisas estranhas como hoje, que , para quem nasceu nos anos 80 ou 90 como meus filhos, tudo é normal. Mas não é.
O lixo era recolhido por carroções puxados por burros, os ônibus não andavam lotados feitos lata de sardinha e ainda se levava os sapatos para fazer meia sola ou sola inteira, já que a durabilidade de um calçado, naquela época, era muito grande. Ainda engatinhava a implantação da sociedade de consumo; todos os produtos eram duráveis.

Na escola fazíamos fila para entrar nas salas de aula, mas não sem antes cantar Hino Nacional, em formação militar lá no pátio, acompanhados por um professor de musica.. Naquela época, diferentemente dos dias de hoje, o amor à pátria era fundamental na formação dos jovens, alem do respeito ás forças armadas. Eram brasileiros que davam a vida pelo país e que assim o fizeram na segunda grande guerra, contra os nazistas, que queriam dominar o mundo e implantar uma ditadura, um governo único para todos os países, como foi o Império Romano no passado.

Chamávamos a professora, por professora mesmo, e não falávamos durante as aulas senão a bronca era grande, chegávamos a ir para a diretoria onde passavam um pito maior ainda. Briga no pátio ou desrespeito a autoridade do professor então, nem pensar. O pátio da escola era varrido todos os dias, as paredes não eram pichadas, pois nem se imaginava tal coisa, que se acontecesse seria o fim do mundo.

Lembro-me bem quando roubaram o radio da casa de uma vizinha lá na vila onde eu morava, foi um sururu danado, roubo era coisa muito pouco comum naqueles tempos. Os muros das casas eram baixos, as vezes apenas para demarcar a calçada, tudo ajardinado com muito cuidado, mesmo nas casas mais humildes. As janelas sempre abertas, protegidas apenas por cortinas leves que esvoaçavam com o vento, denunciando o interior das casas, daí roubaram o radio pela janela. Ninguém se preocupava com essas coisas, se alguém dissesse que num futuro próximo só o fato de sair de casa para ir ao trabalho, se correria o risco de ser assaltado e ainda a mão armada, ninguém acreditaria.
e a policia deixaria?

Essa seria a primeira pergunta que fariam, pois naqueles tempos a policia era temida pelos bandidos e respeitada pela população. Quando o bandido ia preso, ia preso mesmo ; não haviam tantas leis para soltar bandido, o normal era ter-se leis que prendiam bandidos. Nem passava pela cabeça de alguém que, bandido era vitima social, com direitos e tudo mais; que a vitima, sequer poderia se defender, pois nem arma essa vitima poderia ter e se tivesse e a usa-se, para se defender, estaria cometendo um crime e poderia ir preso no lugar do ladrão.


Quantas vezes no final de semana, meu pai me levava pela várzea de da cidade para jogar futebol. Cada vila ou bairro tinha um time, ou dois, e era um verdadeiro festival de futebol, as vezes em um mesmo local tinha 6,7, ou ate mais, campos de futebol. Todos os campos com jogos dos diversos torneios e cheios de espectadores, normalmente familiares, amigos, vizinhos, enfim todo mundo ia para as ruas, para os clubes, para a várzea, pescar nos rios ainda não poluídos, e nas represas.

Haviam muitos clubes, principalmente às margens do rio Tiete que atravessa a cidade de São Paulo, eram clubes de remo, esporte muito popular na época. Depois com a poluição do rios e a popularização do futebol, os clubes abandonaram os remos.

Não existia metrô, nem trânsito. As vezes a garotada jogava futebol no meio da rua, já que carro só passava mesmo, nas avenidas onde havia algum movimento. Automóvel era coisa rara, e os modelos eram em geral americanos, carros vindos para o Brasil no pós guerra. Eram os Fords, chevroles, buiks, Nashs, verdadeiros dinossauros, mas eram maravilhosos.
Com o tempo vieram os fuscas, dekaves, sincas chanbord e etc, menos maravilhosos é verdade, mas fabricados no Brasil, orgulho da nossa industria que já fabricava até automóveis. Vejam só o Brasil a quantas já andava em matéria de progresso.

A medida que o país crescia, as leis iam mudando e aquela sensação de liberdade que as pessoas tinham foi se perdendo. Pouco a pouca a população ia sendo mais e mais controlada, de maneira pouco perceptível, mas com o controle sempre avançando. O crescimento econômico era notável com a vinda em massa da industria americana para o Brasil, as cidades cresciam desordenadamente e acreditava-se que tudo fazia parte do progresso e que as coisas eram assim mesmo, que um dia tudo se ajeitaria.

Com o tempo o Estado foi criando lei para tudo, até para as coisas mais banais e absurdas, mas não importava, desde que a batuta do estado desse o tom. Leis ambíguas, valendo para um caso e não para outro, dando ao julgador o o arbítrio da interpretação segundo sua vontade e entendimento, deixando o espirito da lei em segundo plano, de modo que quem tem meios para arguir o espirito dessa lei dúbia, com seus advogados, levava vantagem imensa sobre aquele que não tinha os meios de contratar um bom advogado.

Foi nas regras de transito que essa politica de ditadura do Estado sobre o cidadão, ficou mais evidente, onde um simples cinto de segurança que deveria ser de uso livre e opcional, virou obrigatório, acarretando multa com pena administrativa. Enquanto isso os ônibus que circulam em péssimo estado de conservação e sem manutenção ficam desobrigados do uso dos cintos. Dúbio, não acha?
O capacete dos usuários de motocicleta também tem uma historia de obrigatoriedade e pena administrativa. A nossa percepção de liberdade, de cidadão, nos diz que uso de capacete deveria ser livre e opcional, como o é em outros países.
Nada foi mais ridículo por parte do Estado, que aquele estojo de primeiro socorros, muito do Paraguai, que tentaram também criar a obrigatoriedade para os veículos, e enfiar goela abaixo do cidadão como o cinto e o capacete, mas não eu certo e recuaram. Isso ainda vai voltar, acreditem.

Isso tudo parece besteira, mas vai colocando e habituando o cidadão a ficar sob o jugo do estado. Quando um novo item para o domínio populacional é mais difícil de implantar, eles colocam a televisão como instrumento de convencimento. Quem não se lembra da famigerada campanha do desarmamento, onde até as pesquisas foram manipuladas, na tentativa de convencer a população a entregar as armas. Por quê? Se a segurança publica já era um caos total. Todo mundo sabia, por experiências semelhantes em outros países, que isso não iria funcionar na diminuição da criminalidade, mas mesmo assim fizeram. Por quê? Só para melhor controlar o cidadão, isto é, você, pode acreditar. Será que um dia a situação estará tão ruim que será necessário o controle total da população? Acreditem, eles não dão ponto sem nó. Você já notou como existem câmeras espalhadas pelas cidades e estradas, sem falar nos radares que fotografam o seu carro? E você acredita que é para sua segurança, como eles dizem? Não meu caro, isso é para o controlar você.

As pessoas já não se falam e nem se olham, vivem correndo, é cada um por si. A televisão ocupou o lugar de dos nossos parentes e amigos. Somos hipnotizados pela telinha, recebendo mensagens subliminares o tempo todo, somos condicionados a não reagir, a não pensar, a não conferir, a não questionar. Por quê? Qual seria o interesse do estado em ter um povo zumbi. Seria para não protestar dos impostos absurdos?;ou seria para não reclamar dos péssimos serviços que recebemos de saúde, educação, transporte, segurança e outros itens, como os péssimos salários da população ou a corrupção endêmica nos poderes públicos, e por ai vai uma lista sem fim. Você notaram que os caras pintadas, que provocaram o impeachment do então presidente Collor, sumiram? Foram moídos pelos meios de comunicação, principal instrumento do Estado na estandardização da mente do cidadão?
Não é só a TV que mói as mentes para o controle do estado, a educação é outro instrumento muito bem vigiado e preparado para o domínio. Não é sem razão que a educação é sempre apontada como de má qualidade e isso é absolutamente providencial na manipulação das mentes. No Brasil até o inicio dos anos 60, filosofia, português (com latim) e historia eram matérias comuns nos bancos escolares e depois por interferência direta do governo do Tio Sam, foram minimizadas ou simplesmente abolidas das grades escolares. Por quê?
È simples, essas matérias formam a base para uma cabeça pensante, dá a capacidade ao cidadão de entender nas entre linhas dos acontecimentos, de criticar e argumentar com segurança. Essas matérias formavam o verdadeiro cidadão livre, diferentemente dos dos dias de hoje onde as escolas formam cabeças de gado, que vivem nos piquetes e currais mentais, pastoreados pela televisão e pela religião, que é o outro braço alienador do Estado.

O Estado tem facilitado o acesso dessas religiões ou ceitas aos canais de televisão, não só como clientes, mas como proprietárias de redes poderosas, e é claro não por acaso. È simples troca de favores, uma bela simbiose, para quem ainda se lembra das aulas de biologia.

Se cuida Brother. É isso mesmo, não somos mais cidadãos, viramos protagonistas do Big Brother do livro 1984, que alias foi escrito em 1948. O escritor George Orwell, não foi bem entendido na época, com seu livro. Só mais recentemente percebeu-se que esse não era apenas um livro sobre politica, opressão e invasão de privacidade, era também o retrato do mundo que estamos vivendo hoje, aqui e agora, como no resto do mundo.

Já estamos vivendo uma ditadura internacional, por enquanto disfarçada de democracia, como a historia do lobo na pele do cordeiro. Essa ditadura já tem nome:  Nova Ordem Mundial.

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Itanhaém, SP, Brazil
Formado em Administração, pescador de pesqueiro, palmeirense de quatro costados. Adoro os anos 70: tenho uma Caloi 10( são três na verdade), um fuca bala além de uma maquina fotografica Pentax Assay 35mm, só para curtir essa década maravilhosa. Cultivo uma pequena horta de temperos no quintal. Temos Manjericão do comum e do roxo, Alecrim, Hortelã, Salsinha, Cebolinha, orégano, Pimenta dedo de moça, malagueta e de cheiro. Gosto de estar com a familia, churrasquear e cozinhar, pedalar e bater papo com os amigos. Caminhar na praia é atividade obrigatória de todos os dias, quando o tempo ajuda.