Patinho Branco

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Chuva Àcida

Tanto fizeram com medo que a ditadura voltasse, que afrouxaram as leis, dificultaram o
andamento dos processos, criaram leis dúbias e promoveram a festança dos recursos.

O Brasil passou a trilhar uma sobre a tênue linha entre a liberdade política e a baderna
política latino americana da republica das bananas.

Liberdade que foi usada inicialmente para promover a impunidade de um seleto grupo
político que detinha o poder, usando como escudo protetor da Política dos Direitos
Humanos. Não demorou muito para que aquilo, que seriam direitos humanos para vitimas
dos torturados pela ditadura, passou a ser direito de bandido, sendo a sociedade vista como
a torturadora dos necessitados e dos sem terra, etc
.
Enquanto a justiça maravilhosamente mancava de uma perna, nossos políticos subiam na
mesa e tripudiavam a decência para com a coisa publica. Brasília se tornou o paraíso do
crime, onde oficialmente se mete a mão e aquele que se meter a denunciar é o primeiro a
ser preso, alias o único a ser preso. Exemplos não faltam.

Toda essa impunidade que vemos todos os dias pela televisão, quer no Senado, quer nos
gabinetes dos ministérios, quer em qualquer coisa publica, levou a bandidagem a se
organizar, para também ter direito a esse quinhão esplendoroso da impunidade, que se
espalhou no Brasil como tiririca em jardim.

Para a bandidagem, que nos rouba a residência, nos assalta nas esquinas, seqüestra das
formas as mais variadas, não faltou a tranqüilidade necessária para entender, que com a
impunidade campeando pelo país, bastaria ter um ou outro advogado para se safar, quando
não totalmente, ao menos parcialmente, com os indultos, saídas temporárias, recurso do
recurso do recurso e etc. Foi um passo para se organizar dentro das cadeias.

Nunca, em pais nenhum, como diria o outro, se viu um congresso perdendo tanto tempo,
em fazer leis para soltar bandidos da cadeia. Para fazer leis para prender os bandidos, só
com um enorme esforço extraordinário.

A impunidade no Congresso Nacional chega a beirar o cômico, não fosse trágico, de tanta
que é a infantilidade das desculpas , mostrando uma enorme desfaçatez para com o cidadão
que os elegeu. Eles têm a mais absoluta certeza de que jamais serão punidos. Tudo naquela
casa se perdoa e se esquecesse, já que ali o dinheiro é publico e nunca faltou para ninguém.
Que inveja devem ter as organizações criminosas.

Deve ter sido mesmo por pura inspiração na nessa impunidade, que grupos criminosos
vieram a se organizar em nosso país, com seus “códigos morais”, seus advogados,
seus locais de reunião, dos mais seguros, isto é, dentro dos presídios, tudo muito à vontade.
Sistemas de comunicação interno e externo, pombo correio com mochilinha nas costas,
bronzeamento, churrasco e outras festinhas, direito a saidinhas, oficiais ou não, com
carros oficiais ou não, são algumas facilidades garantidas. Até banco eles têm, para
financiar a corrupção, que o diga o delegado Protogenes.

Os direitos humanos dos bandidos viraram uma instituição no Brasil, da mesma forma que
já é uma instituição. As desculpas de nossos congressistas para as corrupções
constantemente denunciadas pela imprensa: eu não sabia; foi um engano; vou devolver o
dinheiro e fica tudo certo; foi simples esquecimento; não conferi o holerite; não declarei
cinco milhões, pois achei irrelevante.

A impunidade no Congresso Nacional chega a beirar o cômico, não fosse trágico, de tanta
que é a infantilidade das desculpas , mostrando uma enorme desfaçatez para com o cidadão
que os elegeu. Eles têm a mais absoluta certeza de que jamais serão punidos. Tudo nessa
casa se perdoa e se esquecesse, já que ali o dinheiro é publico e nunca faltou para ninguém.
Toda impunidade do mundo em nome do velho e bom”direitos humanos“, conveniente para
partidos corrompidos e políticos corruptos, alem das organizações criminosas.

Da mesma forma que depois da explosão de uma bomba atômica, cai uma chuva acida,
depois de uma política de direitos humanos, chove a impunidade.

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Quem é o Patinho Branco?

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Itanhaém, SP, Brazil
Formado em Administração, pescador de pesqueiro, palmeirense de quatro costados. Adoro os anos 70: tenho uma Caloi 10( são três na verdade), um fuca bala além de uma maquina fotografica Pentax Assay 35mm, só para curtir essa década maravilhosa. Cultivo uma pequena horta de temperos no quintal. Temos Manjericão do comum e do roxo, Alecrim, Hortelã, Salsinha, Cebolinha, orégano, Pimenta dedo de moça, malagueta e de cheiro. Gosto de estar com a familia, churrasquear e cozinhar, pedalar e bater papo com os amigos. Caminhar na praia é atividade obrigatória de todos os dias, quando o tempo ajuda.